Na tarde desta terça-feira, 15 de abril, a cidade de Dois Vizinhos, no Sudoeste do Paraná, foi palco de uma operação policial que trouxe à tona o peso da lei e a eficiência do trabalho integrado entre as forças de segurança. Em uma ação bem articulada, a Polícia Militar e a Polícia Civil uniram esforços para capturar um homem que, há quase uma década, desafiou a ordem e a tranquilidade da região. Foragido da Justiça, ele carregava nas costas uma condenação de 41 anos e 6 meses de prisão, sentenciada em segunda instância, por um audacioso roubo a banco ocorrido em Nova Esperança do Sudoeste, lá por volta de 2016.
O sol ainda brilhava forte quando as equipes entraram em ação. De um lado, a Polícia Militar mobilizou suas forças com a precisão de quem conhece o terreno e os atalhos do crime: as equipes da ROTAM, conhecidas pela agilidade e preparo tático; a Agência Local de Inteligência da 2ª Companhia, com seu faro apurado para rastrear informações; as guarnições da RPA, sempre prontas para o enfrentamento direto; e a Patrulha Rural, que varre os rincões onde muitos tentam se esconder. Do outro lado, a Polícia Civil, com os agentes da 60ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) de Dois Vizinhos, trouxe o respaldo investigativo, a expertise em mandados e o compromisso de fechar o cerco.
O alvo? Um homem que, por anos, conseguiu driblar a Justiça, mas não o empenho das autoridades. O crime que o colocou na mira da lei não foi pouca coisa: um assalto a banco que abalou a pacata Nova Esperança do Sudoeste, uma cidade onde todos se conhecem e o ronco de um motor estranho já levanta suspeitas. Naquele roubo, ele e seus comparsas agiram com ousadia, mas o braço da Justiça, embora às vezes pareça lento, é incansável. A condenação de 41 anos e meio reflete a gravidade do que fez – um delito que não só lesou patrimônio, mas feriu a sensação de segurança de uma comunidade inteira.
A operação desta terça-feira não foi um improviso. Foi o resultado de um trabalho de inteligência, paciência e coordenação. Enquanto os moradores de Dois Vizinhos seguiam suas rotinas – o cafezinho na padaria, o papo na praça, o barulho das crianças voltando da escola –, as equipes policiais se moviam como peças de um tabuleiro. Cada viatura, cada agente, cada informação coletada nos últimos dias convergiu para um único ponto: a localização do foragido. Quando o cerco se fechou, não houve escapatória. O homem foi preso sem alarde, mas com a firmeza que a situação exigia.
Após o cumprimento do mandado de prisão, o destino do capturado foi o DEPPEN, o Departamento Penitenciário, onde ele agora aguarda os próximos passos da Justiça. Para trás, deixou a ilusão de que o tempo apaga os crimes; à frente, enfrenta a realidade de uma pena longa, que ecoa como um lembrete de que a lei, no fim, alcança.
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