Então meu povo, segura o terço e prepara o coração, porque essa história que aconteceu lá em Brusque, Santa Catarina, na Sexta-Feira Santa, é daquelas que mistura fé, correria e uma pitada de comédia, daquele jeito que a gente conta na roda de amigo, com um pitaco a mais. Então, bora lá, que eu te conto essa zoeira, cheio de "bah", "tchê" e aquele jeitão de quem não acredita no que tá vendo ou melhor, lendo.
Era noite de silêncio, oração, e todo mundo com cara de quem tá pensando na Paixão de Cristo. Lá no Parque Caminho das Virtudes, um lugarzinho bonito onde os fiéis vão rezar e acender vela, tava rolando aquele clima de respeito. O oratório da Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, brilhava com sua coroa de ouro e o manto chique. Tudo tranquilo, até que aparece o figura, um tchê de 27 anos, já conhecido da Polícia Militar, aquele tipo que quando passa na rua, a mãe aperta a bolsa e o pai já grita: "Fecha a janela!".
Pois bem, o vivente resolveu que ia fazer o golpe do século. Num é que o sujeito, aproveitando que o povo tava de cabeça baixa rezando, meteu a mão no oratório? Quebrou o vidro, tipo aqueles ladrão de filme que acha que é ninja, mas faz barulho que acorda até defunto. Pegou a imagem da santa e saiu correndo, achando que tava abafando. Só que, tchê, o cara esqueceu que o povo de Brusque não é de brincadeira! Os fiéis, que tava lá com o terço na mão, levantaram a cabeça e viram o crime. Foi tipo cena de novela: "Pega o ladrão! Ele levou a santa!"
Aí começou a correria. Imagina a cena: um monte de vó, tio, jovem da pastoral, tudo correndo atrás do meliante no meio do centro da cidade, em plena Sexta-Feira Santa! Tinha até uma tiazinha gritando: "Devolve a coroa, seu sem-vergonha!" O ladrão, que não era bobo nem nada, viu que o cerco tava fechando e, na pressa, deixou a estátua da santa cair. PÁ! A pobrezinha da Nossa Senhora Aparecida virou cacos no chão. O povo ficou em choque, umas chorando, outras xingando em nome de Deus, e o cara ainda correndo com o manto e a coroa na mão, tipo vilão de desenho animado que acha que vai escapar com o tesouro.
Mas, o que o ladrão não contava é que o pé do povo é mais rápido que ele. Os fiéis foram atrás, e a Polícia Militar, que não é de bobeira, já tava na cola. O sujeito, vendo que não tinha pra onde correr, tentou dar um jeito de se livrar da prova do crime. Chegou no rio e, num momento que parecia filme de comédia pastelão, jogou o manto e a coroa na água, tipo: "Pronto, ninguém vai me pegar agora!" Só que, bah, a polícia não é dessas que deixa passar. Os PMs pularam na ação, pegaram os itens antes que virassem comida de peixe e encostaram o fanfarrão na parede. Flagrante na hora, algema no pulso, e o cara foi direto pra delegacia, com cara de quem tentou roubar o Banco do Brasil e acabou preso por furtar bala no bosque.
O padre Rodrigo Tascheck, ficou de coração partido. Ele disse, com aquele tom de quem tá segurando a bronca: "Poxa, justo na Sexta-Feira Santa, um dia tão especial. A santa é a padroeira do Brasil! Quebrar ela assim é sacanagem." E, pra piorar, a imagem era uma promessa de uma família que tinha recebido uma graça. Imagina a tristeza da galera que doou a santa, vendo ela em pedaços. Mas, a fé é mais forte que isso. A Paróquia já tá juntando os cacos pra restaurar a imagem, e a santa vai voltar pro oratório, mais linda e poderosa que nunca.
E o manto com a coroa? Recuperados, ué! Tão de volta com a Paróquia, prontinhos pra brilhar de novo. Já o fiasquento, esse vai responder por furto qualificado, dano ao patrimônio e por dar um baile na fé alheia. Porque, convenhamos, mexer com Nossa Senhora Aparecida na Sexta-Feira Santa é pedir pra dar ruim. Aqui pra estas bandas, a gente diria: "Esse aí quis se criar, mas pelo a cara feio!"
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