Na última festança do presidente do Republicanos, Marcos Pereira, o bicho pegou em Brasília. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, não só marcou presença, mas também roubou a cena ao soltar a voz ao lado do cantor sertanejo Léo Chaves. Imagina só o ministro, todo engravatado, mandando um "Tocando em Frente", de Almir Sater e Renato Teixeira, com aquele jeito de quem tá no churrasco de fim de semana. Foi o próprio Barroso quem sugeriu a música, mostrando que ele não é de brincadeira quando o assunto é dar uma palhinha. A festa, que reuniu uma pá de político importante, ainda teve lançamento de livro e um clima de confraternização que, cá entre nós, levanta umas sobrancelhas sobre essa tal independência dos poderes.
Segundo o portal UOL Notícias, a festa foi um verdadeiro desfile de figurões. Além de Barroso, tinha o ministro do STF Gilmar Mendes, o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB), os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Luiz Marinho (Trabalho), o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB), o líder do governo Lula no Senado Jaques Wagner (PT-BA), e os presidentes do PP, Ciro Nogueira, do União Brasil, Antônio Rueda, e do PSD, Gilberto Kassab. Ou seja, um time de peso, com representantes de vários partidos, todos na maior harmonia. Barroso, que já é figurinha carimbada em eventos sociais por gostar de soltar o gogó, não decepcionou. O homem é fã de um microfone – já foi flagrado cantando até "Evidências" no Reino Unido, mostrando que não tem vergonha de mandar um clássico. Na festa, Léo Chaves, que tava animando a noite, chamou o ministro pro palco, e a dupla mandou ver na canção sertaneja.
Mas a noite não foi só de música. Marcos Pereira aproveitou o embalo pra lançar seu livro, A inconstitucionalidade de leis brasileiras: entre causas e efeitos. Pelo visto, a ideia era misturar o clima de celebração com um toque de intelectualidade, mostrando que a política também tem espaço pra debate acadêmico. Só que, olhando de fora, a coisa toda deixa um gostinho meio esquisito. Como é que fica essa história de independência dos poderes? Um ministro do STF, que pode julgar casos envolvendo deputados e senadores ali presentes, tá lá, cantando e confraternizando numa festa particular. Se fosse um evento com militares ou políticos de direita, já tinha gente gritando "golpe" e pedindo investigação. Mas, como são os chamados "defensores da democracia", parece que tá tudo certo, segue o baile.
No fim das contas, a história mostra que muitos tiranos subiram ao poder se vendendo como guardiões da democracia e das minorias. Não tô dizendo que é o caso aqui, mas fica o alerta: quando todo mundo tá muito amigo, cantando junto e batendo palma, é bom o cidadão comum ficar de olho. Porque a gente sabe que festa boa é aquela que todo mundo curte, mas política é outro papo – mistura demais pode acabar em dor de cabeça no dia seguinte.
A nova dupla sertaneja,
— Mariana🇧🇷🇮🇹🇺🇸 (@MarianaOlly) April 24, 2025
LEO & BARROSO 🎤🎶
Enquanto isso... os aposentados estão sendo roubados. pic.twitter.com/mhLRfsAz05
Mín. 9° Máx. 21°