Que jogo foi esse em Mendoza, minha gente! Na estreia do Mano Menezes no comando do Grêmio, o Tricolor empatou em 2 a 2 com o Godoy Cruz, pela terceira rodada da Sul-Americana, no estádio Malvinas Argentinas. Mano, conhecido por sua fama de retranqueiro, armou um esquema mais fechadinho, mas mesmo assim o Imortal conseguiu sair na frente e quase trouxe os três pontos. Só que, como diz o ditado, “o futebol pune”, e uns vacilos da zaga custaram caro. Foi um jogo com direito a cavadinha, trave salvadora e aquela corneta que a torcida gremista não deixa passar. Bora destrinchar essa peleia!
O Grêmio começou mostrando que Mano queria dar seu cartão de visitas. Com um 4-2-3-1 bem encaixado, o time segurou as pontas na defesa e buscou o contra-ataque. Aos 35 do primeiro tempo, Edenilson mandou pro fundo do gol, botando o Tricolor na frente. Parecia que a retranca do Mano tava dando caldo, com a defesa bem postada e o Godoy Cruz sem achar espaço que ameassace. Só que o time argentino, que não é bobo, voltou pro segundo tempo com fome de bola. Aos 19 minutos, Auzmendi cabeceou, encobriu Volpi e empatou, mostrando que o jogo ia ser brabo.
O Tricolor não se abalou e foi pra cima de novo. Aos 37 do segundo tempo, veio o momento de gala: Cristaldo deu um passe açucarado pra Aravena, que, na cara do goleiro, deu uma cavadinha que é coisa de artista. 2 a 1 pro Grêmio, e a torcida já tava sonhando com a vitória na estreia do Mano. Só que, o esquema defensivo do Grêmio tem seus furos. Mesmo com a proposta de se fechar e sair no contra-ataque, falta aquele cara no elenco que resolva na hora H. Os nomes de peso até tentam, mas pecam na hora de concluir a jogada. E o pior: o time repetiu o mesmo erro dos tempos do técnico anterior. Num lateral mal cortado pela zaga, a bola sobrou na entrada da área, e Luca, sem pensar duas vezes, pegou de primeira, empatando em 2 a 2. Um gol que é daqueles que fazem a torcida subir pelas paredes.
Nos acréscimos, o coração gremista quase parou. O Godoy Cruz quase virou, mas, como brincou a galera nas redes, “a pintura nova da trave tava mais grossa” e salvou o Grêmio de uma derrota que ia pesar. No fim, o empate deixou um gosto agridoce. O Grêmio teve menos chutes a gol, menos posse de bola e trocou menos passes que o adversário, mas mostrou raça. Mano, teimoso como é, não parece querer mudar o esquema, e a diretoria também não tá com pinta de abrir o cofre pra trazer reforços na janela. O jeito é trabalhar com o que tem e consertar esses vacilos, porque a Sul-Americana não perdoa.
Esse empate mantém o Grêmio na vice-liderança do grupo D, mas se se manter nela, terá que enfrentar a repescagem contra um terceiro colocado da Libertadores. A estreia do Mano teve seus momentos de brilho, mas também escancarou que o time precisa de mais capricho, principalmente na defesa. A torcida, claro, já tá na resenha, cornetando a zaga e pedindo aquele algo a mais. E tu, o que achou? Foi um pontinho pra comemorar ou um balde de água fria? Uma coisa é certa: com Mano no comando, emoção não vai faltar!
Mín. 9° Máx. 21°