Desde o início do segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem apertado o cerco contra imigrantes irregulares. Agora, ele resolveu “tacar-lhe o pau” numa nova estratégia: pagar mil dólares (cerca de R$ 5.673) pra quem topar se autodeportar usando um aplicativo do próprio governo. O programa, anunciado nesta segunda-feira (5), oferece ainda “ajuda de viagem” pra facilitar o retorno ao país de origem. É tipo uma grana de incentivo pra quem quiser sair de fininho antes de ser pego.
Segundo o Correio do Povo, o governo criou o aplicativo CBP Home, do Departamento de Segurança Interna (DHS), pra que os estrangeiros sem documentação possam informar que querem sair dos EUA por conta própria. A ideia é economizar com prisões, detenções e deportações, que custam em média 17 mil dólares por cabeça. Com o uso do app, o governo calcula que os gastos podem cair até 70%, mesmo com o bônus de milão na conta dos que decidirem ir embora por vontade própria.
Já teve até hondurenho que pegou uma passagem de Chicago pra Honduras com a ajuda do app. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, reforçou o recado: “Se você está aqui sem documentos, a autodeportação é a forma mais segura e econômica de deixar os Estados Unidos e evitar ser preso”. Segundo ela, o país tem uma lista de mais de 20 milhões de pessoas que “precisam voltar pra casa”.
O governo Trump endureceu ainda mais o discurso contra migrantes, incluindo entre os “criminosos” quem entrou sem visto ou mesmo quem pediu asilo durante o governo Biden. Até agora, em 2025, mais de 168 mil imigrantes já foram detidos — e mais de 600 são acusados de pertencer ao grupo criminoso Tren de Aragua, classificado por Trump como organização terrorista.
Pra completar, quase 300 suspeitos das gangues Tren de Aragua e MS-13 já foram deportados direto pro presídio de segurança máxima Cecot, em El Salvador, que aceitou recebê-los em troca de US$ 6 milhões (R$ 34 milhões) pagos pelos EUA. Só que a treta não para aí: muitos advogados alegam que seus clientes nem são de gangue e foram presos só por causa das tatuagens que carregam no corpo. E grupos de direitos civis vêm denunciando que os imigrantes estão sendo expulsos sem direito a defesa nem julgamento adequado.
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