No finalzinho da tarde desta quinta-feira, 8, uma cena que já virou tradição mexeu com o coração dos católicos espalhados pelo mundo: a tão esperada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina, anunciando que, sim, temos um novo papa. O nome dele? Robert Francis Prevost, um cardeal americano de 69 anos que agora carrega o título de Leão XIV. O anúncio oficial rolou às 19h45 em Roma (14h14 aqui em Brasília), feito pelo cardeal Angelo Mamberti com a clássica frase “Habemus Papam”. A praça de São Pedro estava tomada de gente, com gente de tudo quanto é canto vibrando, rezando e se emocionando com o momento.
Segundo a CNN Brasil, o processo até essa escolha foi todo dentro do rito tradicional do conclave, com os cardeais trancados na Capela Sistina sem celular, sem imprensa e sem contato externo, tudo pra garantir uma decisão baseada só na fé, oração e discernimento. Antes disso, nas congregações gerais, já se via uma tendência por um nome que desse continuidade ao estilo mais simples, pastoral e aberto ao diálogo, como o do papa anterior. A eleição de Leão XIV confirma que os cardeais buscavam uma figura equilibrada, que saiba respeitar a tradição, mas sem fechar as portas para o mundo moderno.
Agora, a expectativa é para o primeiro Angelus no próximo domingo, 11, quando o novo pontífice deve aparecer na famosa janela do Palácio Apostólico para conduzir a tradicional oração do meio-dia. Esse momento é carregado de simbolismo, pois mostra o papa falando direto ao coração do povo – não só em Roma, mas do mundo todo. O Angelus tem esse peso porque relembra a Anunciação e, pra muitos católicos, é uma ponte direta entre o céu e a terra.
A escolha de Leão XIV vem logo depois do fim do pontificado de Francisco, um papa que marcou época com sua maneira próxima do povo, seu foco nos mais pobres, e sua atenção para causas como justiça social, meio ambiente e reforma dentro da Igreja. Francisco foi um verdadeiro divisor de águas e deixa um legado difícil de igualar. Era comum ver o povo chamando ele de “pai” ou “avô”, tamanho o carinho que transmitia. Nas redes sociais, então, virou referência, com suas mensagens tocando direto no coração de quem acompanhava.
Na Itália, onde cerca de 80% da população é católica, a comoção pela despedida de Francisco foi geral. Muita gente ainda alimentava a esperança de vê-lo superar os problemas de saúde, tamanha a força que ele demonstrava. A morte dele, além da tristeza, reforçou o respeito e o amor do povo italiano, que o viu mais como um dos seus do que como um líder distante.
Com o fim do conclave, a movimentação em Roma promete ser histórica. Estima-se que a cidade receba cerca de 30 milhões de turistas este ano, impulsionados pelo Jubileu e por esse novo ciclo que começa no Vaticano. A segurança está sendo reforçada e o clima nas ruas é de emoção e fé. Milhares de peregrinos já circulam pelo entorno da basílica, buscando ver de perto esse novo capítulo da história da Igreja.
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