Nos dias 22 e 23 de maio, Curitiba vai se transformar na capital técnica do Brasil no controle de pragas e vetores. Isso porque acontece no Teatro UP Experience, da Universidade Positivo, o 12º SulPrag – Congresso Sul-Brasileiro de Atualização Tecnológica em Controle de Pragas e Vetores. Promovido pela Associação Paranaense dos Controladores de Pragas (APRAV), o evento reúne pesquisadores, empresas, gestores públicos e técnicos da saúde ambiental com o objetivo de discutir os avanços e desafios do setor frente ao crescimento urbano e às emergências sanitárias.
Segundo o biólogo e especialista em gestão ambiental, Nelson Pagno Moreira, o cenário atual exige cada vez mais soluções sustentáveis e tecnicamente embasadas. A alta nos casos de dengue em 2024, provocada pela proliferação do Aedes aegypti, escancarou a urgência de medidas modernas e eficazes. Tecnologias como o controle biológico com Bacillus thuringiensis, monitoramento automatizado e aplicação dirigida de inseticidas estão se tornando rotina entre as empresas mais especializadas. Além disso, o aumento dos escorpiões urbanos, como o Tityus serrulatus, tem mobilizado cidades inteiras na busca por estratégias de prevenção, incluindo vedação de estruturas, mapeamento por geolocalização e conscientização da população.
A importância do setor vai além do combate à dengue. A segurança alimentar também depende diretamente de ações bem executadas. Em supermercados, restaurantes e armazéns, insetos como traças, besouros e carunchos causam perdas de até 10%, conforme estudos da EMBRAPA. Empresas habilitadas, com técnicos treinados e produtos registrados pela Anvisa, garantem não só o controle, mas também a orientação preventiva, o que reflete na qualidade dos alimentos e no atendimento às exigências sanitárias. (Veja o artigo na integra clicando aqui)
Nos hospitais, a atuação dessas empresas ganha contornos ainda mais críticos. Baratas e formigas, por exemplo, carregam bactérias e vírus que comprometem a biossegurança dos ambientes de saúde. Seguindo a RDC 622/2022 da Anvisa, programas específicos são implantados para garantir ambientes seguros a pacientes e profissionais da saúde. Já em áreas urbanas, o foco também recai sobre a proteção patrimonial. Cupins de solo e de madeira seca seguem como grandes vilões de escolas, igrejas e casas, exigindo atenção especial para evitar perdas estruturais e culturais.
Por tudo isso, a SulPrag 2025 consolida-se como espaço técnico e político fundamental, onde o setor reafirma seu protagonismo no Brasil. Com apoio de associações, universidades, agências reguladoras e fabricantes, o mercado se fortalece enquanto busca inovação, capacitação e reconhecimento. A expectativa agora se volta para a ExpoPrag Norte e Nordeste, que será realizada nos dias 28 e 29 de agosto em Fortaleza (CE), e promete aprofundar o debate sobre as particularidades sanitárias das regiões tropicais, consolidando ainda mais o papel essencial do controle de pragas para o bem-estar urbano, ambiental e econômico.
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