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Barracão, PR
A escolha de Robert Francis Prevost como o novo papa, que adotou o nome de Leão XIV, caiu como uma bomba nas redes sociais ontem (8/5). Não demorou muito e já pipocaram teorias envolvendo o livro de Apocalipse 13, aquele mesmo que muita gente conhece como “o livro da revelação”. Internautas correram pra apontar que a profecia estaria se cumprindo e tudo isso por conta da simbologia por trás do nome do novo pontífice, das interpretações de antigas escrituras e do número 666. O povo, que já anda com a cabeça quente por conta de guerra, crise e crises, viu nisso mais um sinal do fim dos tempos.
Segundo o Metrópoles, a base da celeuma toda está no capítulo 13 do Apocalipse. Nele, João, lá no século 1, descreve duas bestas: uma que sobe do mar e outra da terra. Uma dessas criaturas tem boca de leão e aí o pessoal nas redes já ligou os pontos com o novo papa, Leão XIV. Também é nesse trecho que aparece o famigerado número 666, “o número da besta”, que ao longo da história já foi ligado a tudo quanto é tipo de invenção moderna, desde o rádio, televisão, computador, internet e até código de barras.
Nas palavras de um internauta no X (antigo Twitter): “Apocalipse 13 mostra claramente a união da Igreja Católica com os EUA”. Isso porque Prevost é americano e, na cabeça dos conspiracionistas, essa combinação entre o poder espiritual e o poder político dos Estados Unidos seria a receita certa pro início do fim. Esse tipo de visão já vem desde a Reforma Protestante, quando surgiram as primeiras ideias de que o papa seria o “anticristo” ou o “falso profeta”.
E o buraco é mais embaixo quando entra em cena o escritor e ex-satanista Daniel Mastral, falecido em 2024. Ele sustentava que, com base em profecias bíblicas e na contagem iniciada após o Tratado de Latrão de 1929 (que deu poder de Estado ao Vaticano), estaríamos diante do “oitavo rei” citado em Apocalipse 17. Esse oitavo papa teria, segundo Mastral, o papel de completar a chamada “trindade satânica” — formada pela besta, o falso profeta e o anticristo. Em outras palavras, Leão XIV seria o último elo da corrente.
Agora, cá entre nós: acreditar ou não nisso é escolha de cada um. Mas é fato que essas profecias sempre aparecem em tempos de incerteza, quando o povo tá perdido e procura resposta no sobrenatural. Tem gente que acredita com fé de pedra. Outros acham que é só mais um capítulo do sensacionalismo apocalíptico. Mas de uma coisa eu tenho certeza: quem vive com o coração tranquilo e a consciência limpa não teme o fim, porque sabe que, se vier, já está preparado. Esse negócio de ficar fazendo conta pra achar a besta só mostra o quanto o ser humano tem medo do desconhecido. E aí, qualquer coincidência já vira sinal divino.
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