O clima esquentou de novo na política brasileira, e não foi por pouca coisa. Nesta segunda-feira (26), deputados da oposição chiaram forte contra o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de abrir um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado e morando nos Estados Unidos. A bronca da PGR é por causa das falas do filho do ex-presidente em solo americano, que segundo o órgão, poderiam influenciar processos do Judiciário aqui no Brasil.
Segundo informou a CNN Brasil, parlamentares do PL e aliados mais à direita não gostaram nada da história. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), acusou a PGR de usar o pedido como desculpa pra “censurar” e perseguir quem bate de frente com o sistema. Ele disse que Eduardo só estava exercendo sua liberdade de expressão e denunciando o que muita gente pensa: “não aceitamos uma democracia comandada por ministros intocáveis”.
Outro que engrossou o coro foi o vice-líder da oposição, Gustavo Gayer (PL-GO), que chamou a movimentação de “revanchismo político” e “suposição infundada”. Segundo ele, Eduardo está sendo perseguido só por denunciar abusos, o que, para Gayer, é um direito e dever de qualquer parlamentar que representa o povo.
Do outro lado do campo, a base governista quer ver o circo pegar fogo. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), quer que o STF não apenas investigue, mas que vá além e decrete até prisão preventiva de Eduardo. Segundo ele, o filho 03 estaria atuando contra a pátria ao pedir sanções contra autoridades brasileiras lá nos EUA. “Isso é traição e obstrução da Justiça”, disparou.
O procurador-geral Paulo Gonet já mandou o pedido pro Supremo, que caiu nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. E, pra botar mais lenha na fogueira, Gonet quer ouvir o próprio Lindbergh, já que foi ele quem apresentou a denúncia original contra Eduardo.
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) também foi na mesma linha e soltou o verbo nas redes: “Quem conspira contra o Brasil e o Estado Democrático de Direito não pode ficar impune”.
Agora é esperar os próximos capítulos dessa novela que mistura política, Judiciário e redes sociais, tudo isso com tempero de Brasília e pitadas internacionais. E, como sempre, o povo que se vire pra entender o que é liberdade de expressão e o que é crime contra a democracia.
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