A madrugada de sábado (07) mal tinha clareado e o sossego de uma propriedade rural na divisa entre Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, no Oeste do estado, foi quebrado de forma abrupta. Centenas de pessoas, num movimento coordenado, romperam os limites da fazenda, trazendo pânico e violência para a família que ali vivia. A sede da propriedade virou palco de um pesadelo, com os moradores sendo vítimas de agressões e intimidações com armas de fogo, uma situação que gela a espinha de qualquer um.
A resposta, contudo, veio na mesma altura. A Polícia Militar do Paraná (PMPR) não deu brecha para o caos se instalar. Assim que o chamado ecoou, por volta das cinco da matina, as equipes do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) chegaram com agilidade, cercando o perímetro e iniciando o delicado trabalho de negociação para que a turma toda baixasse a bola e desocupasse o local. Segundo informou o PP News, a operação foi um baita esforço conjunto, mobilizando policiais de diversas partes do estado. A estratégia e a técnica prevaleceram, e ainda no fim da manhã, a fazenda foi desocupada pacificamente, sem um único tiro ou confronto, mostrando a competência dos piás na contenção da crise.
Nos bastidores, a Polícia Civil do Paraná já estava a todo vapor. A gurizada da Delegacia de Quedas do Iguaçu e da 15ª Subdivisão Policial de Cascavel entrou em campo para levantar as informações cruciais, identificando os cabeças por trás da invasão. O trabalho investigativo não demorou a dar frutos, revelando que o mandachuva do grupo era um velho conhecido da justiça. O sujeito já tinha sido preso em flagrante em 2024, também por esbulho possessório e associação criminosa.
O modus operandi do indivíduo é de uma covardia ímpar: recrutar adolescentes, famílias com crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade para engrossar as fileiras de suas invasões armadas e bem planejadas. Agora, o cerco se fecha novamente para ele, que será indiciado por um combo de crimes: associação criminosa armada, corrupção de menores, invasão de domicílio e esbulho possessório. Diante da gravidade e da teimosia em cometer os mesmos delitos, a Polícia Civil já pediu a sua prisão preventiva. As forças de segurança continuam de prontidão na região, garantindo que a paz não seja novamente perturbada e que a população local possa dormir mais tranquila. A ação integrada das polícias Militar e Civil manda um recado claro: no Paraná, a lei e a ordem não são letra morta.
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