O governo de Santa Catarina, sob a liderança de Jorginho Mello, viu-se obrigado a decretar situação de emergência em saúde pública em todo o estado na noite de ontem (12). A medida drástica foi tomada como resposta direta ao avanço da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e à superlotação crítica das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), que ameaça colapsar o sistema de saúde catarinense.
A situação é de botar a mão na cabeça. Dados atualizados do painel da Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta sexta-feira (13) mostram que 94,1% dos 1.423 leitos de UTI disponíveis já estão ocupados. Segundo informou o portal nd+, o cenário é ainda mais alarmante em regiões como o Grande Oeste e o Planalto Norte e Nordeste, onde a taxa de ocupação beira os 100%, um verdadeiro sufoco para conseguir um leito. Com o decreto, que tem validade inicial de 180 dias, a SES ganha mais agilidade para requisitar bens e serviços, inclusive de entidades privadas, uma tentativa de desafogar o sistema e garantir o atendimento à população.
O aumento expressivo no número de casos de gripe agrava a crise. O mais recente boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) revela que, de janeiro a junho deste ano, Santa Catarina já contabilizou mais de 6 mil casos da doença, com um trágico saldo de 188 mortes. A baixa adesão à campanha de vacinação contra a influenza é um dos principais fatores para essa explosão de casos. A cobertura vacinal entre os grupos prioritários, como piás, idosos e gestantes, que são mais vulneráveis a complicações, está em apenas 43,3%.
Diante deste cenário, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, faz um apelo veemente à população. Ele reforça que a vacina, disponível gratuitamente para todos a partir dos seis meses de idade em quase 2 mil postos de saúde, é a ferramenta mais eficaz para evitar as formas graves da doença, que levam à morte e sobrecarregam a rede de saúde. Além da imunização, a Dive/SC reitera a importância de medidas preventivas básicas, mas essenciais: lavar as mãos com frequência, usar máscara ao apresentar sintomas, evitar aglomerações e higienizar superfícies.
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