As chuvas torrenciais que caíram sobre o Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (18) desencadearam um cenário de calamidade, afetando mais de 50 municípios e causando mortes, desaparecimentos e desalojamentos em massa. O estado gaúcho, já castigado por eventos climáticos extremos, enfrenta novamente a fúria da natureza, com uma corrida contra o tempo para resgatar vítimas e prestar socorro.
Segundo informou o Oeste Mais, a Defesa Civil gaúcha confirmou duas mortes e um desaparecido em meio aos alagamentos, destelhamentos e deslizamentos que assolaram diversas cidades. A situação é de apreensão, com a equipe do Centro de Monitoramento da Defesa Civil estadual trabalhando incansavelmente para acompanhar a evolução do fenômeno, enviando alertas e coordenando as ações de socorro. Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil se deslocaram para apoiar os municípios mais atingidos, como Mata, Toropi, Santana do Livramento e Jaguari. O departamento de logística já fez a boca de forno enviando itens de ajuda humanitária e instalou um gabinete de crise para articular com outros órgãos e auxiliar na gestão municipal para o restabelecimento dos serviços essenciais.
Mais de 1.200 pessoas precisaram deixar suas casas e foram levadas para abrigos em Santa Maria, Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul, Arvorezinha, Jaguari e Santa Cruz do Sul. A rede rodoviária também sentiu o baque, com vários trechos bloqueados devido à inundação de pontes e à elevação do nível dos rios. A tragédia se aprofunda com detalhes como o ocorrido em Candelária, onde um casal foi arrastado pela enxurrada; uma mulher de 54 anos faleceu e um homem de 65 anos segue desaparecido. Em Nova Petrópolis, a morte de um jovem de 22 anos está sob investigação, adicionando mais um luto à lista de perdas.
Ainda que os volumes de chuva já tenham sido significativos, a previsão não é animadora. Chuvas volumosas devem persistir entre a tarde desta quinta-feira (19) e o sábado (21). A madrugada de sexta-feira (20) deve manter chuva moderada na Serra, Nordeste e Norte gaúcho, com acumulados que podem chegar a 30 mm. A formação de um ciclone próximo à costa gaúcha deve intensificar a instabilidade em quase todo o estado, com chuva forte na Região Metropolitana de Porto Alegre e no Litoral, enquanto outras regiões podem esperar chuva fraca a moderada. O estado segue em alerta, mobilizando esforços para mitigar os impactos e prestar assistência às comunidades.
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