A quietude de uma noite de quarta-feira em Dionísio Cerqueira/SC, no oeste catarinense, foi quebrada por uma denúncia grave que trouxe à tona uma acusação de violência doméstica. Uma adolescente de 15 anos procurou ajuda, relatando ter sido agredida pelo próprio pai, um homem de 53 anos.
Com informações da Polícia Militar, o acionamento das autoridades foi imediato após a denúncia da jovem. O Conselho Tutelar de Dionísio Cerqueira também foi prontamente chamado para intervir. Duas conselheiras se deslocaram até o endereço, onde acolheram a menor e a encaminharam à sede do órgão. A preocupação com a segurança e o bem-estar da adolescente foi prioridade, especialmente considerando as baixas temperaturas da noite sulista, que poderiam agravar a situação de desamparo.
A confirmação das lesões na adolescente levou a guarnição da Polícia Militar à residência do pai. Questionado sobre as acusações, o homem confessou ter agredido a filha com cintadas, resultando em voz de prisão no local. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de São Miguel do Oeste, onde ficou à disposição da Justiça. A adolescente, acompanhada pelas conselheiras, também foi levada à delegacia para a formalização da denúncia e os demais procedimentos legais, garantindo que os trâmites jurídicos fossem cumpridos.
O caso foi registrado como lesão corporal leve dolosa, amparado pela Lei Maria da Penha, que oferece proteção a mulheres em situação de violência no âmbito familiar. Este episódio, como tantos outros, reflete a complexidade das relações familiares, onde, muitas vezes, uma "guerra" de agressões físicas e verbais pode emergir não de uma intenção puramente maligna, mas de um ponto de exaustão, onde o diálogo se esgota e as tensões se escalam. Sem inocentar ou culpar, o ocorrido em Dionísio Cerqueira serve como um lembrete de que as dinâmicas familiares são complexas, e a intervenção legal busca, acima de tudo, proteger os envolvidos e garantir a segurança, mesmo quando as motivações por trás dos atos são multifacetadas.
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