Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se fizeram presentes na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (29), para uma manifestação intitulada "Justiça já”. O principal objetivo do ato foi pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em meio ao avanço do inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado. Com críticas diretas ao ministro Alexandre de Moraes, os manifestantes defenderam a inocência de Bolsonaro e clamaram por anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Entre as diversas demonstrações de apoio, destacavam-se faixas e cartazes com mensagens de suporte e ironias, como um batom gigante feito de cano de PVC, em alusão à condenação de uma mulher por pichar uma escultura do STF. O mineiro José Caldeira, um dos presentes, classificou os eventos de 8 de janeiro como uma "fatalidade" e cobrou proporcionalidade nas penas. “Nós lutamos, sim, por justiça, por liberdade”, declarou ao Terra Notícias, reforçando que o movimento busca a pacificação do país e não um confronto com as instituições.
A crença na inocência de Bolsonaro era um sentimento uníssono entre os viventes no local. O aposentado Everaldo Sinesio dos Santos, de 60 anos, considerou como "ridículo" o julgamento do ex-mandatário e as condenações dos envolvidos nos atos golpistas, afirmando que havia "infiltrados" na ocasião. Para ele, a verdade está vindo à tona e provará que tanto o ex-presidente quanto os militares investigados são inocentes.
O ato na Paulista também foi palco para a defesa de um "futuro melhor", como definiu Everaldo, que carregava uma bandeira de Israel nas costas. Segundo ele, o gesto representa uma obediência a Deus e uma identificação com o povo israelense. O sentimento geral dos participantes convergia para um desejo de um Brasil "livre da tirania e da corrupção", expressando esperança de que o ex-presidente não seja preso e de que o país se mantenha como uma nação democrática e próspera.
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