Em Francisco Beltrão, um simples celular se tornou o estopim para uma tragédia familiar na última sexta-feira (27), quando um adolescente de 13 anos atirou contra os próprios avós, resultando na morte da avó e deixando o avô gravemente ferido. A gravidade do ocorrido levou a Vara da Infância e da Juventude da Comarca a determinar, nesta segunda-feira (30), o internamento provisório do jovem por 45 dias. Esse desfecho chocante, motivado por um conflito doméstico, abalou profundamente a comunidade local.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, detalhadas pelo G1/RPC, a motivação por trás dos disparos foi uma discussão acalorada sobre a restrição no uso do aparelho celular imposta pelos avós. A irritação do adolescente com a proibição e a subsequente apreensão do aparelho escalou para uma reação violenta e inesperada. Esse pormenor, crucial para entender o caso, destaca como desentendimentos corriqueiros podem ter consequências devastadoras, transformando a rotina familiar em um cenário de horror.
O jovem residia com os avós desde os cinco anos, após o falecimento de sua mãe, e o pai vive em outro estado. A família havia se mudado do Mato Grosso para Francisco Beltrão, estabelecendo-se na casa da filha, que também é tia do adolescente. Esse histórico familiar e o ambiente em que viviam são elementos que, agora, farão parte da análise das autoridades e dos profissionais que acompanharão o período de internamento.
O internamento provisório do adolescente ocorrerá em um Centro de Reabilitação (CENSE) no estado. Durante os 45 dias, ele passará por avaliação e acompanhamento especializado. Ao fim desse período, a Justiça definirá as próximas medidas, que podem incluir a manutenção da custódia por até três anos ou a aplicação de outras sanções socioeducativas. Enquanto isso, o avô, que segue hospitalizado em estado estável, e a comunidade de Seção Progresso tentam digerir as razões por trás dessa fatalidade que teve um aparelho eletrônico como pivô.
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