O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou na quarta-feira (5) que o diplomata Otávio Brandelli será o secretário-geral da pasta.
O anúncio foi feito pelo Twitter e, segundo Araújo, Brandelli o ajudará a implementar a política externa do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que, se eleito, faria uma política externa "sem viés ideológico" de esquerda.
Bolsonaro disse reiteradas vezes, por exemplo, que aceita a China "comprar no Brasil, não comprar o Brasil"; afirmou que tiraria o Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU); deu declarações que levaram Cuba a deixar o Mais Médicos; e afirmou que irá transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Secretaria-geral
Na Secretaria-Geral das Relações Exteriores, Otávio Brandelli ocupará o posto de número 2 do ministério, cargo tradicionalmente ocupado por diplomatas de carreira.
Atual diretor do Departamento do Mercosul, Brandelli foi promovido pelo presidente Michel Temer a ministro de primeira classe em 27 de junho, assim como Ernesto Araújo.
De acordo com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, o bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai "não será prioridade" no governo Bolsonaro.
No Palácio Itamaraty, onde funciona o Ministério das Relações Exteriores, há uma rampa na qual o carro que transporta o secretário-geral o deixa direto no gabinete, em homenagem à carreira.
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