O ministro da Justiça chileno, Hernán Larraín, admitiu na terça-feira (29) possíveis violações de direitos humanos por parte de forças de segurança que atuaram nos protestos no Chile. Ao menos 20 pessoas morreram desde o início da onda de manifestações no país.
Larraín participou de reunião com integrantes do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), que acusam policiais de cometerem abusos durante os protestos.
O Chile receberá uma missão de integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), liderados por Michelle Bachelet – ex-presidente chilena e atual alta comissária de Direitos Humanos da entidade. A visita estava marcada para esta quarta-feira, mas o grupo adiou a operação.
Números oficiais
Órgãos oficiais do governo chileno confirmaram nesta terça-feira um balanço de mortes, feridos e denúncias de tortura entre 19 e 27 de outubro – período de nove dias em que durou o estado de emergência decretado pelo presidente Sebastián Piñera. Veja os números abaixo.
Mortos: 20 – desses, 10 morreram em 21 de outubro
Policiais feridos: 745
Civis feridos: 473
Queixas de mortes praticadas por forças de segurança: 5
Queixas de tortura: 54
Queixas de violência sexual: 18
Mesmo com o fim do estado de emergência, o anúncio de uma série de medidas e a troca de oito ministros, os protestos continuaram pelo Chile na terça-feira.
Relatos dos jornais chilenos mostram que a maior parte das manifestações ocorrem de maneira pacífica, mas houve tumulto em algumas áreas fechadas pela polícia.
Mín. 10° Máx. 23°